Ismael Silva, Niterói e as escolas de samba – Diário de Niterói
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Ismael Silva, Niterói e as escolas de samba


Começando o Papo de Samba nos 446 anos da cidade, parabéns a Niterói! 

Parabéns também aos 50 anos do Caneco Gelado do Mário, patrimônio da cidade.

Mas vamos ao samba.

Entre os mais conhecidos e respeitados cantores e compositores históricos do samba,  está Ismael Silva. O que pouca gente sabe é que ele nasceu em Niterói, no bairro de Jurujuba, em 14 de setembro de 1905. Somente aos três anos, mudou-se para o bairro de Estácio de Sá, no Rio de Janeiro com a família e depois foi morar em outros bairros daquela cidade. 

Referência no mundo do samba, ele próprio e muitas outras pessoas, garantem ter sido de Ismael a expressão Escola de Samba. “Se você jurar” e “Antonico” são sucessos imortais do compositor.

Isso já basta pra colocar nossa cidade definitivamente no mapa da história do samba, mas também deixou nos ares daqui a inspiração para outros sambistas. Atualmente a cidade tem grande visibilidade no mundo do samba a partir de agremiações que disputam os carnavais nas passarelas do Rio. O tradicional vermelho e branco da Viradouro, por exemplo, que tem um passado de glórias que desde 1947, faz a alegria da cidade e de seus simpatizantes. Em 1997 arrasou no Grupo Espacial, quando foi campeã. 

Já o verde e branco da Acadêmicos do Cubango, empolga a todos desde 1960. Com uma tradição histórica nos desfiles de Niterói, a escola vem batalhando sempre e com frequência, tem mostrado grandes possibilidades de chegar ao desfile principal da Sapucaí.

Atropelando tudo,  vem do Largo da Batalha desde 1969, o azul e branco da Acadêmicos do Sossego. A escola está despontando como nova potência niteroiense, no carnaval fluminense.

Mas não é só nesses locais onde o samba mora na cidade, desfalcada da saudosa Roda de Samba do velho Candongueiro, Niterói tem outros lugares onde o samba habita. Imediatamente lembramos do portão de garagem da Toca do Gambá, no bairro de Santana, onde o couro come. O local já recebeu inúmeras atrações do samba e tem uma roda disputadíssima. Verão chegando, a Toca é uma boa dica.

Outra dica legal também é o Boteco do Lira. Autoproclamado como “o lugar que todo sambista gosta”, faz questão de honrar a “bravata” e mostra que Santa Rosa, realmente é um lugar pra quem gosta de samba.

Vem da Serra da Tiririca o som do Samba do Quilombo do Grotão, no Engenho do Mato. Promovido pelos moradores, tradicionais quilombolas locais. Um lugar de energia ímpar e de muita batalha. Em 2016, após seis anos de persistência, a comunidade foi reconhecida pela Fundação Palmares como comunidade remanescente de quilombo. Agora também é reconhecida como Zona de Especial Interesse Cultural de Niterói e periodicamente tem samba, feijoada e diversão.

Está provado e comprovado que o samba habita a cidade e tem seus recantos que vão além dos aqui apontados, mas pra começo de conversa, ficamos por aqui.

Vale ainda uma lembrança.

No dia 28 de novembro, acontece o 5º Seminário tem Samba na Academia. Uma atividade do Centro de Referência Carioca do Samba que discute o samba, através de um olhar acadêmico. Vai ser no Instituto Federal do Rio de Janeiro, campus Rio de Janeiro, na Rua Senador Furtado, 121, São Cristóvão, perto da estação São Cristóvão do Metrô. Dá um google e vai.


*Ricardo de Moraes: Produtor Cultural, especialista em docência do ensino superior e diretor presidente do Centro de Referência Carioca do Samba


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