Hospital Getulinho comemora 70 anos de atendimento às crianças
O Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, conhecido como Getulinho, completa 70 anos de funcionamento. Em celebração, a equipe de Pedagogia Hospitalar preparou atividades lúdicas para as crianças nesta sexta-feira (11). Parte da rede de saúde da Prefeitura de Niterói, o hospital é gerido pela Secretaria Municipal de Saúde e realiza, em média, 5.100 atendimentos mensais na emergência. Só neste ano, cerca de 50 mil crianças já foram atendidas.
O prefeito de Niterói, Axel Grael, participou da comemoração:
“Hoje quero agradecer a todos que estão aqui celebrando os 70 anos de uma instituição pública. Vimos muita emoção por parte de quem trabalha no hospital. Sabíamos das dificuldades do setor público, mas sempre buscamos excelência. O Getulinho tem uma linda história, com gerações de profissionais dedicados a garantir a reputação e reconhecimento que possui hoje.” – destacou o prefeito.
Referência em pediatria, o Getulinho opera 24 horas por dia, sete dias por semana, desde 2013. Mensalmente, são realizadas cerca de 980 consultas ambulatoriais e 155 internações. O ambulatório oferece atendimentos em especialidades como alergia, cardiologia, cirurgia pediátrica, dermatologia, endocrinologia, hematologia, neurologia, nefrologia, ortopedia, otorrinolaringologia, e pneumologia.
“É fundamental celebrar os 70 anos do Getulinho. Orgulha-nos ver que os profissionais aqui trabalham com paixão, oferecendo um serviço diferenciado. O hospital é referência em uma rede de urgência e emergência que atende toda a região metropolitana II. Muitas vezes, mais da metade dos atendimentos vem de fora de Niterói, mostrando a excelência do serviço oferecido.” – afirmou Anamaria Schneider, secretária e presidente da Fundação Municipal de Saúde.
A estrutura do Getulinho inclui um Centro Cirúrgico especializado em otorrinolaringologia, ortopedia, cirurgia plástica e geral, com mais de 19 tipos de cirurgias eletivas. Os médicos do ambulatório também acompanham os pacientes internados, além de oferecer exames diagnósticos para a Rede de Atenção à Saúde (RAS), como ecocardiograma, radiologia, ultrassonografia, eletrocardiograma e eletroencefalograma.
A equipe multiprofissional é composta por pediatras, intensivistas, especialistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, farmacêuticos, entre outros profissionais. A diretora da unidade, Elaine López, falou sobre sua experiência à frente do hospital, especialmente durante a pandemia da Covid-19:
“É uma grande alegria estar aqui e ver a história construída por cada um de vocês que fizeram parte do Getulinho. Obrigada a todos que, em algum momento, lideraram essa equipe dedicada e renovada a cada ano, mas que mantém sua essência.” – declarou a diretora.
Além dos serviços médicos, o Getulinho conta com a Pedagogia Hospitalar, que oferece atividades educacionais para crianças e adolescentes internados. Também há grupos de voluntários e contadores de histórias que enriquecem o ambiente hospitalar.
O hospital também se destaca como campo de formação para cursos técnicos, de graduação e pós-graduação, como os de medicina e enfermagem da UFF e a pós-graduação em pediatria da PUC-Rio. O Getulinho participa de pesquisas locais e nacionais relevantes em sua área de atuação.
A comemoração contou com a presença da vice-presidente de Atenção Coletiva e Ambulatorial da Família, Maria Célia Vasconcellos, além de ex-diretores, funcionários, familiares de pacientes e representantes da gestão municipal e do legislativo.
Histórico
Inaugurado em 29 de setembro de 1954, o Getulinho foi o primeiro hospital especializado em pediatria no Estado do Rio de Janeiro. Ele foi idealizado por Alzira Vargas e batizado em homenagem ao filho do ex-presidente Getúlio Vargas, que faleceu aos 23 anos vítima de paralisia infantil.
O hospital foi municipalizado em 1992. Mesmo sendo a única unidade de pediatria para Niterói, São Gonçalo e região, a emergência foi fechada em 2011 por falta de condições de funcionamento. Em 2013, a Prefeitura reabriu a emergência após dois anos de paralisação.
Fotos: Bruno Eduardo Alve
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